- "Nunca ninguém fez isto antes."
- "A Diretoria jamais aprovará esta idéia."
- "Em time que está ganhando não se mexe."
- "Você quer colocar farofa no ventilador ?"
- "Muito cuidado com a idéia que você quer propor. "
- "Isso será muito difícil."
- "Não temos verba."
Você já deve ter presenciado este tipo de reações quando uma nova idéia é apresentada: muitos atacam, evitam ou fogem daquilo que sai da mesmice do dia-dia. Por outro lado, vivemos em uma época repleta de novos problemas e de novas oportunidades que exigem novas maneiras de pensar. O mundo moderno está ávido por idéias originais já que a globalização está equalizando produtos, serviços e até carreiras eliminando os diferenciais competitivos.
Recentemente realizei o workshop Criatividade e Inovação para uma empresa. O Presidente desta Companhia é um grande entusiasta do Processo Criativo e tem como hábito exigir idéias originais de suas equipes. Porém, ficou muito claro no decorrer do workshop que o Presidente queria idéias criativas desde que ratificassem seus pontos de vista e paradigmas. Esta é uma armadilha em que muitas empresas caem sem perceber. É a armadilha de alternar a geração com a avaliação das idéias. Albert Einstein, dono de um cérebro altamente inovador, disse certa vez:
"- Se uma idéia, à primeira vista , não parecer absurda, não existe razão para existir"
A primeira reação das pessoas é reagir contra uma nova idéia. Chester Carlson, nos anos 30, desenvolveu uma tecnologia inovadora para copiadoras que substituiria o mimeógrafo. Tentou vender sua idéia para grandes empresas como Xerox, Kodak, IBM entre outras. Todas objetaram a idéia inovadora. Trinta anos depois, em 1.960, a Xerox, após ter investido 75 milhões de dólares, lançou a primeira copiadora usando a tecnologia de Chester Carlson. Abriu-se um mercado de 15 bilhões de dólares.
Recentemente, uma pesquisa feita nos Estados Unidos entre CEO’s revelou que 86% deles prefeririam encontrar em suas mesas idéias inovadoras ao invés de sofisticados planos de Marketing.
Porém, muitas pessoas com inteligência, capacidade profissional, criatividade, se sentem bloqueadas ao apresentar uma solução incomum para um problema ou uma nova oportunidade que nunca ninguém viu antes. Várias são as razões para esses bloqueios. Nas empresas a razão mais comum é o medo de ser ridicularizado, agredido verbalmente, mal compreendido ou marginalizado no ambiente de trabalho pelos conservadores e inseguros. Ao invés de pré-julgar, por que não identificar primeiramente o que há de bom na idéia. E a partir daí construir alguma coisa?
Felizmente, a Criatividade deixou de ser excentricidade e passou a ser valorizada e incentivada. A Criatividade é a porta de entrada para novos negócios. Sua importância é cada dia mais presente na vida profissional e na gestão da inovação. Ao contrário do que muitos acreditam, todo ser humano nasce com talento criativo. Basta exercitar. O importante é ter a coragem para apresentar uma idéia que ninguém pensou antes ou ainda, tirar aquela sua idéia do fundo da gaveta.
Fuja destas armadilhas:
- "Vai ser muito difícil fazer isso agora"
- "Vou esperar até ter mais tempo"
- "Será complicado"
- "Não tenho todas as informações de que preciso"
- "Ninguém vai se interessar por isso"
- "Eu ando muito cansado"
- "Já tenho muitas dores de cabeça".
Supere o medo de apresentar uma idéia inovadora. Lembre-se que o medo é irmão gêmeo do fracasso. Além disso, 90% dos nossos medos não ocorrem e os 10 % que acontecem nunca são tão desastrosos quanto imaginávamos.
(*) Antonio Carlos Teixeira da Silva é palestrante e consultor sobre Criatividade e Inovação.
Antonio Carlos Teixeira
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Fone/fax: (0xx11) 3887-9700
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